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Botox Pirata – Cirurgiã-dentista é presa por uso do produto proibido pela Anvisa

O produto é comercializado por preço abaixo do mercado e pode causar necroses nas áreas aplicadas
Maria Eduarda Dias
14 fevereiro, 2022
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A Polícia Civil do Rio Grande  do Sul prendeu em flagrante uma cirurgiã-dentista que fazia aplicações do produto conhecido como “botox pirata”, proibido pela Anvisa.

Na clínica da cirurgiã-dentista Sandrelle Arcipretti, em Porto Alegre, foram encontrados frascos do  produto Isradrem. A operação aconteceu após uma denúncia anônima, no mês passado. 

Por não ter informações sobre a origem desse produto, a Anvisa proibiu em 2021 o uso, divulgação e venda do Isradrem. 

Eu não sei se dentro desse produto eu tenho toxina botulínica, se eu tenho outras substâncias, se tenho contaminantes, se tenho somente uma água” disse a gerente  de fiscalização e inspeção da Anvisa, Ana Carolina Araújo, ao Fantástico.

De acordo com a reportagem, a origem do Isradrem (botox pirata) seria israelense, porém, a empresa com o nome de Isradrem, em Israel, que faz produtos farmacêuticos, alegou não comercializar para a América Latina e não ter conhecimento da substância.

Para utilizar o produto e burlar a fiscalização, segundo a polícia, a cirurgiã-dentista afirmou colocar a substância em outros frascos.

Sobre o caso, Arcipretti não respondeu. Em nota, seu advogado, Michel Radamés, informou que não existem elementos que provem que a cirurgiã-dentista aplicava o produto ilegal em seus pacientes.

Leia também – Botox ou preenchimento facial? Entenda a diferença

Compra e uso do “botox pirata”

Mesmo que os profissionais de estética tenham conhecimento da proibição da Anvisa e dos malefícios que esse produto pode causar, já que é de origem desconhecida, há uma grande procura. 

Segundo a reportagem, em 2021 foram  apreendidos mais de 1.200 frascos de Isradrem no Brasil, vindos do Paraguai.

A explicação da compra é pelo preço vantajoso para os profissionais. Cada frasco desse  produto sai em média R$350,00, enquanto as toxinas botulínicas liberadas pela Anvisa custam em torno de R$900,00.

Riscos do uso 

Ainda segundo a reportagem do Fantástico, o uso do botox pirata pode trazer muitas complicações para o paciente, justamente pela origem desconhecida. 

É muito comum que esse tipo de produto cause até necrose na área aplicada, como relatou um  profissional de saúde Estética  ao Fantástico,  que afirmou ter tratado pacientes que utilizaram Isradrem. 

A compra de toxinas botulínicas liberadas pela Anvisa devem ser feitas em distribuidoras seguras e conhecidas no mercado, como a Estética Bio, atuando há sete anos na área da Estética com produtos de qualidade. 

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